RÓTULO NUTRICIONAL
Sabemos que os alimentos “in natura” devem ser á base da nossa alimentação, porém com a correria do dia a dia, preparar absolutamente tudo a partir de alimentos “in natura” para muitos é realmente difícil! Por este motivo, a fim de poupar tempo na cozinha, é comum adquirir alimentos industrializados, mas não é por isso que sua alimentação deve deixar de ser saudável e equilibrada, pois nem todos os alimentos industrializados são prejudiciais a saúde.
As informações contidas nos rótulos dos alimentos existem para facilitar a escolha de alimentos saudáveis e, portanto saber fazer a correta leitura do rótulo nutricional dos alimentos antes de adquiri-lo, torna-se imprescindível, pois muitos dos alimentos industrializados (mas não todos), contêm uma enorme gama de corantes e conservantes que, em excesso, trazem malefícios á saúde.
“Todo alimento processado e ultra-processado é industrializado, mas nem todo alimento industrializado é um alimento processado ou ultra-processado”. Os alimentos processados são aqueles que receberam adição de sal ou açúcar em sua composição, e os ultra-processados são aqueles que contém pouco ou nenhum alimento inteiro e muitos aditivos, como corantes e conservantes.
Muitos já estão habituados a ler as informações nutricionais dos rótulos, que nos informam sobre a quantidade de calorias, macronutrientes (gordura, carboidrato e proteína), micronutrientes (sódio, cálcio, etc.) e fibras. Mas, embora essas informações sejam relevantes, elas não determinam necessariamente se aquele produto é saudável ou não, e sim os ingredientes que compõem aquele alimento, por isso, leia os ingredientes descritos no rótulo sempre!
A quantidade de cada ingrediente contido no produto vem descrito em ordem decrescente, ou seja, o primeiro ingrediente descrito é aquele em maior quantidade, o segundo ingrediente na segunda maior quantidade e assim sucessivamente. Quanto maior for á lista de ingredientes de um alimento, mais aditivos ele vai conter, já reparou que muitas vezes surgem nomes de difícil leitura?
Portanto, a lista de ingredientes deve conter apenas o produto que você esta adquirindo, ou seja, se você optou por levar um suco de uva tinto, o suco de uva tinto integral deve ser o primeiro (e de preferência o único) ingrediente contido na lista, e não o açúcar que observamos comumente como o primeiro da lista! Outro exemplo a ser citado é o caso dos produtos integrais, existem diversas opções de produtos integrais no mercado, mas muitas das vezes, quando analisamos a lista de ingredientes, o primeiro item a aparecer na lista é a farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico (no caso dos pães), e não a farinha de trigo integral como deveria ser.
No caso dos produtos lights, deve-se sempre compara-los com as versões originais dos produtos, para analisar se a troca realmente vale a pena, ou se você vai apenas trocar “gato por lebre” e pagar mais caro por isso.
No caso de indivíduos que possuem intolerância a lactose ou doença celíaca, a leitura do rótulo torna-se obrigatória, mas falaremos mais sobre esse assunto em outra oportunidade.
Embora os industrializados façam parte da rotina alimentar em algum momento do dia, não se esqueça de que os alimentos in natura devem ser a base da alimentação, pois o próprio alimento como ingrediente sempre será a melhor opção! Por isso, descasque mais e desembrulhe menos!
Para uma alimentação adequada ás suas necessidades, procure sempre um nutricionista.
É importante ressaltar que as informações acima descritas não possuem caráter prescritivo, mas sim informativo, e que portanto, não exclui a necessidade de se ter acompanhamento nutricional!
Deus te abençoe e espero que esse artigo possa ser de grande valor para sua saúde.
Sarah Sakuray, é Nutricionista na Clínica Espaço Saúde em Pompéia, inscrita no CRN3: 47724/P. Casada com Douglas Koji. Formada em Nutrição pela UNIMAR – Universidade de Marília, Pós-graduanda em Nutrição Esportiva pela UNIMAR. Mora em Pompeia/SP.