Uma fé baseada na observância de dias, meses e anos!

Muitas pessoas, tem me perguntado qual o dia correto de separar para adorar a Deus e ter comunhão com nossos irmãos. Bem, na carta aos Gálatas capítulo 4.8-11 o apóstolo Paulo vem demonstrar uma preocupação com aqueles irmãos das Igrejas da Galácia.

Na opinião do apóstolo Paulo, ele vê a Lei como um princípio elementar da religião, e que o homem amadurecido na fé em Cristo, é aquele que vive da Graça e somente pela Graça!

Fazendo um panorama bíblico, percebemos que a Lei estava muito bem para uma época em que o Plano de Deus ainda não tinha alcançado o seu alvo principal, que era Cristo. Ou seja, para aquela época em que a Lei foi instituída para o povo de Israel ainda não havia algo suficiente e definitivo de sua Justificação com Deus.

Mas, voltando aos Gálatas e a nós cristãos de hoje, Paulo relembra que eles tinham chegado ao conhecimento de Deus e de sua Graça – (versículo 9). Mas, Paulo se corrige e traz um pensamento importante: o homem não pode conhecer a Deus por seu próprio esforço, mas, Deus em sua Graça se revela ao homem. Nós jamais podemos conhecer a Deus se ele não nos encontrar primeiro. Por isso, que Paulo diz: “estão retrocedendo para um estágio que já deviam ter superado?” Pensam em progredir, retrocedendo!

Porque Paulo explica que a Lei e sua observância é fraca e sem poder? Simplesmente, porque ela é impotente! Porque ela apenas sinaliza o pecado, ela mostra ao homem que ele é pecador, mas ela não resolve o problema do pecado. Portanto, Paulo diz ainda no versículo 9, querem ser escravizados outra vez? Observar um dia da semana, participar de algum período para abdicar de um tipo de alimento, cumprir regras ou qualquer outro aspecto da lei, não poderá oferecer perdão definitivo dos nossos pecados. Ou seja, somente a Graça do Senhor Jesus Cristo é suficiente.

Uma das características da Lei judia era a observância especial de dias e estações. Nesta passagem os dias são os sábados de cada semana; os meses são as Luas novas consideradas como ocasiões  especiais; os tempos são as grandes festas anuais como Páscoa,  Pentecostes e a festa dos Tabernáculos; os anos são os anos sabáticos,  cada sétimo ano, que revestiam um caráter muito particular.

Em meu humilde ponto de vista, o “Fracasso” de uma religião que depende de um dia específico da semana ou de algum tipo de festa e de alimento, está em que acaba dividindo os dias e alimentos e as festas em “Sagrados” e “Profanos”, dias em que pertencem a Deus e dias em que o homem pode cair na farra e fazer o que bem entender.

Acredito que quando fazemos da nossa vida cristã uma questão de dias, meses e anos, estamos transformando-a em algo totalmente externo. Para o cristão cada dia, é dia de Deus! Cada dia da nossa rotina a comunhão com Deus e com seus filhos. Paulo estava preocupado com aqueles que uma vez tinham conhecido a maravilhosa Graça, estivessem recaindo novamente no legalismo. E ele diz: “Temo que meus esforços estejam sendo inúteis” (Gl 4.11).

Deus os Abençoe e pensem nisso!

Em Cristo!

Pr Paulo Alessandro 

É Pastor da Igreja Batista Memorial de Pompeia. Casado com Raquel Leão. Formado em Marketing pela Universidade UNISA em 2003, Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo em 2013, Pós-graduando em Teologia e interpretação bíblica pela Faculdade Batista do Paraná! Mora em Pompeia / SP.

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