Sofrimento de Jesus no Getsêmani – João 18.1-11

Depois do jantar, Jesus saiu com os onze discípulos em direção ao Getsêmani, anunciou que em breve iria se entregar por nós!

O cenário deste capítulo, encontra-se lá no Jardim, nesta ocasião Jesus ora intensamente, a ponto de seu suor se tornar como gotas de sangue. Portanto, neste local Jesus começa a sofrer por mim e por você.

Veremos o texto: “Tendo Jesus terminado de orar, Jesus saiu com os seus discípulos e atravessou o vale do Cedrom. Do outro lado havia um olival, onde entrou com eles; Ora Judas, o traidor conhecia aquele lugar, porque Jesus muitas vezes se reunira ali com os seus discípulos; Então, Judas foi para o olival, levando consigo um destacamento de soldados e alguns guardas enviados pelos chefes dos sacerdotes e fariseus, levando tochas, lanternas e armas.”

Cedrom era um ribeiro muito conhecido, entre o muro leste da cidade de Jerusalém e o monte das Oliveiras (2 Sm 15.23). Também era naquele local onde os ídolos e outras impurezas eram lançadas (2 Rs 23.4-6).

Sendo assim, ele atravessa esse ribeiro e caminha em direção ao Jardim. Jesus busca um lugar limpo e puro, local onde esteve em outras situações com seus discípulos. Neste momento do texto percebemos que a hora de Jesus havia chegado! O Mestre estava convicto de sua missão, não balançou em nem um momento, continuou firme em seu propósito, que tinha como alvo a nossa Redenção. Esse Jardim, era um local bem conhecido dos discípulos e sem sombra de dúvida Judas conhecia bem aquele lugar. Alguns estudiosos dizem que, de certa maneira, Jesus facilitou a sua prisão. O próprio Judas, que já tinha acertado essa traição por apenas 30 moedas. As trinta moedas de prata foram dadas a Judas, que era o tesoureiro do grupo. “Trinta moedas de prata, era o preço que se pagava a um trabalhador comum, por quatro dias de trabalho. Era o preço que costumeiramente se pagava por um escravo”.

Mas, a aplicação para nós desse momento da prisão de Jesus que gostaria de “destacar” é em relação ao sentimento do Mestre, em meio a “Traição”, ele amou! Em meio a traição, havia disponibilidade de perdoar. Tanto que Jesus se refere a Judas chamando-o de “Amigo”. O autor e professor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo, Itamir Neves de Souza diz o seguinte sobre esse episodio em seu comentário do evangelho de João: “Em relação a Judas, esse sentimento de última oportunidade fica claro pela maneira com que Jesus se dirigiu a ele, chamando-o de amigo (Mt 26.49-50; Lc 22.48). Nesses textos, além de Jesus se dirigir a Judas chamando-o de amigo, lhe perguntou se com um beijo ele trairia o Filho do Homem. Certamente, através dessas palavras de conscientização, Jesus estava dando mais uma chance para Judas se arrepender e receber o seu perdão, o perdão divino.”

Concluindo sobre esse momento da traição no Getsêmani, me vem à mente o seguinte:

Como você está em relação aos que lhe causaram prejuízo nessa Páscoa? o coração está aberto em relação aqueles que lhe prejudicam para poder perdoá-los como Jesus nos perdoou? E qual o tipo de erro ou pecado você possa ter cometido? Saiba que na Cruz de Cristo encontramos uma Graça Salvadora e perdoadora.

Deus te abençoe e uma feliz Páscoa!

Em Cristo.

Pr Paulo Alessandro 

É Pastor da Igreja Batista Memorial de Pompeia. Casado com Raquel Leão. Formado em Marketing pela Universidade UNISA em 2003, Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo em 2013, Pós-graduando em Teologia e interpretação bíblica pela Faculdade Batista do Paraná! Mora em Pompeia / SP.

 

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